É possível e preciso prevenir o suicídio

Prevenção do suicídio é alvo da campanha de conscientização do Setembro Amarelo. Foto: Bozena Fulawka/Getty Images
Tema ainda rodeado de tabus e preconceitos, o suicídio é considerado um desafio de saúde pública. Um dos principais equívocos que persistem por aí é a noção de que ele é uma reação abrupta ou disparada do nada. Na maioria das vezes, o suicídio é o desfecho de um sofrimento prolongado e alimentado por transtornos mentais como a depressão.
Falamos de um problema com múltiplas causas cuja solução depende de uma abordagem multissistêmica, desempenhada por diversos setores da sociedade. O Setembro Amarelo é o mês de conscientização sobre o assunto, mas a prevenção deve ocorrer o ano inteiro. E é para ajudar nessa empreitada que surgem movimentos focados em saúde mental como o Falar Inspira Vida, do qual VEJA SAÚDE é signatária. Precisamos falar sobre suicídio — e do jeito certo!
Números que doem na alma
97% dos casos de suicídio são ligados a transtornos psiquiátricos. Em primeiro lugar aparece a depressão.
11 mil suicídios são registrados por ano no Brasil — no mundo, o número passa de 1 milhão.
Um aumento de 10% no número de suicídios foi detectado no país de 2000 a 2012 — entre os jovens, o crescimento passa de 30%.
Pelo menos 5% da população brasileira convive com a depressão hoje. Isso representa mais de 10 milhões de cidadãos.
O que precisa mudar?
Especialistas expõem seu ponto de vista sobre os desafios que cercam o suicídio.
Carlos Correia, porta-voz do Centro de Valorização da Vida (CVV):
“A prevenção do suicídio é de responsabilidade de toda a sociedade. Quando a importância de estar bem com as próprias emoções passa a ser reconhecida, as pessoas aprendem a identificar se o que sentem não é um estado de ânimo passageiro e ficam mais abertas a procurar ajuda. Ainda é comum ter vergonha, culpa e se sentir julgado por não estar bem. À medida que falamos a respeito, percebemos que isso não é tão incomum e que podemos necessitar de apoio. Foi assim com o câncer de mama: antes nem sequer falávamos o nome da doença. Em termos prático, podemos sensibilizar as pessoas para a escuta empática, que deixa o outro desabafar sem cortes, críticas ou conselhos. Ouvir de forma atenta e empática é algo que muitos podem fazer. Além disso, precisamos trabalhar a educação emocional desde cedo e ampliar a oferta de serviços gratuitos de atendimento.”
Leia mais em: https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/e-possivel-e-preciso-prevenir-o-suicidio/
Fonte: VEJA SAÚDE
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